Mestre.

Eis aqui vive um mestre

Aprecio o templo e prezo

por um tempo o descanso 

da minha alma.

Vossa és meu mestre

vinda aqui procuras-te

as virtudes,

e lhe pedir a benção a ti.

Ensaiai-me com precisão

a supervisão da vida,

me dê o controle da decisão.

Os degraus é o vigor absoluto

que devo me dedicar todos os dias

Confio-o em tua a voz.

Mestre é mestre,

meu mestre bondoso.

Rotas do tempo.

O passo do dia seguinte

é o mesmo que o de ontem.

 Lá de longe eu vejo,

no ponteiro do relógio.

As voltas que dão,
é o mesmo do meu

compasso de direções.

Roteiros

deveres

e ambições.

É tantas bifurcações
que procura fincar reta,
e observo nitidamente o tempo todo.

Criadora: Poliana

Primavera.

Seja muito bem-vinda,
já estava contando os meses pra você voltar,
sem saber se você iria gostar
deixei um espaço no meu quintal pra você continuar aqui.

Não se intimida,
pode chegar
e começar a obra de arte.

Gosto de todas cores,
diversas flores,
o cheiro caem bem também.


É com essa combinação do céu azul
que você me surpreenda mais,
tudo fica mais translúcido,
mais vivo com a sua presença.

Avista mais bela de ser ver o sol acima do horizonte
embora isso não impede que a  sua beleza se
ilumine na nossa atmosfera cheia de gás.


Criadora: Poliana

Fotográfia.

Só fica numa tempestade quem quer.

Nunca vi nada parecido,

a chuva,

os raios e a garota.

Parecia que tudo iria se desabar

ou estava de algum modo se conectando.

Dizendo em uma só palavra

"renascendo".

Achei que já tinha visto de tudo

mas aquela cena não me sae da minha cabeça,

o seu rosto,

o céu espantoso

e eu sentindo uma verdadeira comoção.

Tive que registrar,

 dei uma ampliada na câmera 

e tirei uma foto.

Era mais uma alma libertada.

Criadora: Poliana

Buraco negro.

.

É como estar dentro de 
um buraco negro.

Vivendo na matéria escura,

onde tudo se expande e 
se perde ao mesmo tempo.

Degradando, sugando o que 
está preso ao corpo.

A mente longa demais

e a alma curta demais.

No espaço-tempo,

viajando nos meus pensamentos

 insistente e sonhador.

Me perco muitas vezes
na minha própria visão,

na espera de um colapso, 

preste acabar com tudo.

Criadora: Poliana

Aranha

De que medo tu me arranha,

medo de medo

de aranha.

De que garra tu se agarra,
medo de medo
de aranha.

Aranha,

anha,

manha.

Que medo é esse de 

uma pequena aranha.

Criadora: Poliana

Sem você.

Cobertores, luvas e casacos reforçados.
O frio desta vez me gelou de vez,
não era noite mas estava quase anoitecendo.


Perto da minha casa
via-se uma ruazinha fechada só
com os carros na beirada das calçadas.


E ali eu estava firme,
sozinha.
No meio das arvores,
no banco da praça,
com o meu copo de chá cheio.


O ponteiro do meu relógio estava passando-se
lentamente e o ruim é que acontece sempre
quando você desaparece.


Criadora: Poliana

Falsas palavras.

E que a hora de chegar em casa demore mais um pouco,

não importa se for só mais alguns minutos ou segundos.

Eles já sabem das minhas fábulas

no meio de pequenas mentiras e infinitas mentiras.

E com essa descoberta veio 

para me castigar por um longo período.

Criadora: Poliana

Encontro com o criador.

Uma tarde sublime que não se via a muito tempo

sem chuva,

sem sol,

nada muito surpreso,

até que se formou no céu um belíssimo arco-íris.

Mas naquele lugar

havia um tempo parado

na verdade,

tudo estava parado com o tempo.

Vinhasse agitar dentro de mim

a sensação mais plena de um vento suave,

que tocava em meu rosto.

Não pude negar,

inspirei e absorvi toda pureza

em meus pulmões.

Criadora: Poliana

Pode ir embora.

Pode  ir

eu não mereço.

Pode ir

ir de pressa 

sem olhar pra trás,

já se acabou.

Criadora: Poliana

Árvore morta.

Amanhecia

e eu já estava ali,

diante dela.

E agora,

cadê você?

Oh árvore,

sinto muito pela sua partida.

Eu sempre soube do vazio que carregava

nas suas raízes, os galhos cansados,

o tronco torto e que apesar de tudo,

continuava florindo.

O quintal era o seu lar,

e aqui poucos a olhava.

Mas ninguém viu ela,

como eu a vi chorar.

Criadora: Poliana

Flor: Rosa vermelha.

Te entrego essa flor.

Veja-se que tão bela és,

a sua cor nítida.

Essas pétalas macias,

um toque nela,

te faz delirar.

E com paixão te digo

que Rosa é o nome dela.

Criadora: Poliana 

Rosa dos ventos.

E pouco eu sei
se foi o vento que trouxe,
se foi as folhas que arrastaram ou
se as rosas dê-lhe para mim.


Sem comparação,
tento entender como você veio parar até aqui
e por que só agora (...)


Criadora: Poliana

Te quero pra namorar.

Venha cá

de molejo,

me dê um beijo.

Desce aqui

na rua debaixo,

me dê um abraço.

Vou ai

te pegar de jeito,

te deixar sem jeito.

Estou aqui

na porta de sua casa,

vim pra te namorar.

Criadora: Poliana

AMOR?

Já te disse hoje que gosto do seu beijo?

Ah, quantas e quantas vezes já te disse

e não me canso, si quer.

Tenhas a mim

e verás um amor tranquilo.

Criadora: Poliana

Cortinas vermelha.

Da cor vermelha

é essa cortina.

Sala vazia,

janela fechada.

Era o meu cantinho de ensaio.

Tudo me falta,

o palco me faz falta.

mas, aqui saiu aurora da peça.

Poeira no teto,

mais poeira no chão.

Aliás me assustar pra que,

os meus pensamentos 

também são poeiras.

Sonhei tanto por aqui,

vivenciei a maioria deles.

Mas, agora faço dos meus aposentos

o descanso eterno desse lugar.

Criadora: Poliana